Vermes da Madruga: LIVRO: Menina Morta-Viva

Elizabeth Scott - 172 páginas - Editora Underworld

Sinopse:

Era uma vez, eu era uma menininha que desapareceu. Era uma vez, o meu nome não era Alice. Era uma vez, eu não sabia como tinha sorte. Quando Alice tinha dez anos, Ray levou-a de sua família, seus amigos ― a sua vida. Ela aprendeu a desistir de todo o poder, para suportar toda a dor. Ela esperou que o pesadelo acabasse. Alice agora tem quinze e Ray ainda a tem, mas ele fala mais e mais da sua morte. Ele não sabe é o que ela anseia. Ela não sabe que ele tem algo mais assustador do que a morte em mente para ela. Esta é a história de Alice. É uma que você nunca ouviu falar, e que você nunca, jamais esquecerá.

    "Uma história de fadas ao avesso, se bem que fadas e Alice são palavras que não combinam na mesma frase. É difícil acreditar em finais felizes quando a crueldade e a indiferença humana são esfregadas na sua cara. O que Elizabeth Scott nos apresenta é uma história que provoca incômodo, que nos deixa com um gosto amargo na boca e com medo. Medo de que a indiferença esteja ajudando a criar muitas Alices por aí.

    Em Menina Morta-Viva conhecemos a história de Alice, uma garota de 15 anos que foi seqüestrada há cinco por Ray e que desde então sofre abusos intermináveis. Esse homem (que não merece ser denominado assim) faz todo tipo de terror psicológico, é asqueroso, é nojento e é impossível não sentir repulsa por suas ações. Aliás, prepare-se para este sentimento, ele será seu companheiro ao longo da leitura deste livro.

     A crueldade de que se é capaz é escancarada, destrinchada, mastigada e tudo que você pode fazer é torcer para que ela tenha um fim. Assim, como Alice, você torce para chegar ao fim da narrativa e ser livre, de um jeito ou de outro. Será que o sofrimento é desculpa para impingir o mesmo a outra pessoa? Sofrer te dá passe livre para fazer outro sofrer? Essas são questões que sempre estão presentes quando alguma tragédia nos é mostrada nos noticiários. E são questões que Scott deixa nas entrelinhas para refletirmos. Vivenciando a dor de Alice, à qual é proibido até o uso de seu verdadeiro nome, só podemos torcer para não nos acostumarmos. Não se acostumar com a crueldade, não se acostumar com a diferença…

    “A verdade é que a gente se acostuma a qualquer coisa. Você pode achar que não, ter vontade de morrer, mas não morre. Não consegue. Simplesmente vai levando.”

    Que isso não seja sempre verdade…"

    O texto de Scott é de uma delicadeza singular, mesmo descrevendo tanta tragédia. Sem dúvida nenhuma Menina Morta-Viva é um dos melhores livros, dentre os já publicados pela Editora Underwolrd.

Eu, particularmente, tenho um gosto digamos... um pouco estranho, pelo fato de gostar de livros, séries e filmes de suspense, assassinos, assassinatos, crimes, e tudo o que isso engloba. Menina morta-viva com certeza é um livro indispensável para mim.

Espero que gostem!

Mil beijos com carinho da verme: @moorghana